Do game ao mundo real Acer
Celebrado no final de agosto, especificamente no dia 29, o Dia Internacional do Gamer não apenas proporciona aos entusiastas dos jogos uma oportunidade para expressarem sua paixão, mas também oferece uma plataforma para reconhecer a influência profundamente significativa que essa diversificada comunidade exerce sobre a inovação em nossa sociedade contemporânea.
Essa realidade é confirmada por meio de evidências recentes extraídas do Global Games Market Report, elaborado pela instituição Newzoo. Esse relatório confirma a afirmação, ao revelar que a indústria global de jogos está projetada para alcançar cerca de US$ 188 bilhões em 2023, marcando um crescimento de 2,6% em relação ao ano anterior. Além disso, a quantidade de entusiastas de jogos deverá atingir a marca de 3,38 bilhões neste ano, representando um notável aumento de 6,3% em relação ao ano anterior. Essa cifra se desdobra em 2,86 bilhões de jogadores em dispositivos móveis, 892 milhões de jogadores em PCs e 629 milhões de jogadores em consoles.
Naturalmente, sinto-me muito animada diante desses dados, pois empresas exemplares como a Acer estão atentas quanto a essa crescente demanda e continuam investindo consideravelmente, além de se dedicarem a ouvir atentamente as aspirações desse público. Esse comprometimento se manifesta na contínua criação de hardwares poderosos e acessórios inovadores, que não apenas aprimoram a experiência de jogo, mas dão suporte aos gamers durante as prolongadas imersões no mundo virtual. Essa colaboração entre a indústria e os jogadores contribui para a formação de um ecossistema de jogos cada vez mais sofisticado e diversificado.
No entanto, sendo mulher e apaixonada pelo setor, sinto que devo adicionar meu ponto de vista sobre a construção desse cenário mais inclusivo. É crucial reconhecer que, apesar dos progressos e do comprometimento demonstrado pelo mercado, ainda há um longo caminho a percorrer para alcançar uma verdadeira igualdade e inclusão no universo dos jogos. A representação feminina e a diversidade de gênero permanecem como áreas nas quais a indústria deve empenhar-se em aprimorar gradativamente.
De fato, temos uma notável presença de mulheres gamers. Isso é respaldado pelo fato de que aproximadamente 74,5% dos internautas brasileiros participam ativamente de jogos online, sendo que as mulheres representam uma significativa parcela de 51,5% desse público, conforme dados da Pesquisa Gamer Brasil de 2022. Contudo, apesar do aumento numérico, é necessário que busquemos estabelecer uma representatividade mais sólida. É essencial avançar além das estatísticas e garantir que as vozes e a presença das mulheres no universo dos jogos sejam igualmente valorizadas e respeitadas. A luta contínua contra o assédio e os comportamentos ofensivos é apenas um dos diversos passos que devemos tomar para criar uma comunidade de jogos verdadeiramente inclusiva e acolhedora.
Devemos, portanto, continuar promovendo e inspirando a realização de torneios variados, ao mesmo tempo em que permanecemos próximas ao público feminino. Ao engajar-se ativamente em competições e eventos de eSports, assim como liderar equipes de desenvolvimento de jogos, as mulheres estão comprovando que possuem um espaço legítimo e valioso nessa indústria, que transcende os tradicionais papéis atribuídos.
É pertinente enfatizar, além disso, que a diversidade de perspectivas que as mulheres trazem consigo exerce um impacto direto na inovação e criatividade no âmbito da indústria de jogos eletrônicos. Suas contribuições para o design de jogos, a arte, a narrativa e as mecânicas de jogo enriquecem a experiência dos jogadores, introduzindo novas ideias e abordagens que moldam o futuro dos games. A inclusão de mais vozes femininas promove uma ampla variedade de gêneros e estilos de jogos, beneficiando toda a comunidade.
Vale também dizer que a incorporação de todas as perspectivas enriquece a experiência global, proporcionando uma vitalidade, autenticidade e profundidade maiores para cada jogador, independentemente de seu gênero. Unamos nossos esforços para promover a igualdade em todos os cenários. Como mulheres, é absolutamente crucial que nossas vozes ecoem para além dos headsets utilizados em jogos online. Devemos assumir um papel ativo não apenas durante o gameplay, mas desde as fases iniciais do desenvolvimento dos jogos.
*Caroline Raimundo é Diretora de Marketing Latam na Acer.